
As campanhas relacionadas ao combate e prevenção às diversas doenças existentes merecem destaque por parte de todos os setores da imprensa. O chamado “Dezembro Vermelho” foi instituído no Brasil através da Lei nº 13.504/2017. De acordo com o Ministério da Saúde, a ideia surgiu como forma de gerar mobilização na luta contra o vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) e a doença por ele causada (AIDS), além de outras IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis).
A escolha deste mês do ano, faz alusão ao dia 1º de dezembro, marcado internacionalmente como o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Para chamar a atenção, várias atividades foram organizadas e promovidas pela Regionais de Saúde em nosso estado, como a divulgação de materiais informativos, orientações à população e a distribuição de preservativos, entre outras. No último dia 4, a Secretaria de Saúde municipal realizou uma ação no Ambulatório Central Dr. Washington Gusso, envolvendo a realização de testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite.
Combatendo o HIV
O secretário da Saúde do Estado do Paraná, Beto Preto, comentou sobre o tema. “A data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV. Esse é um problema de saúde pública global. Nossos profissionais das Regionais de Saúde se mobilizam para que a informação chegue até as pessoas, e isso é muito importante. O Estado tem vários programas que acolhem e direcionam a população”, declarou ele.
A relação entre o HIV e a AIDS
De acordo com o Departamento de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, o HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da AIDS, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo das doenças. Portanto, ter o HIV não é a mesma coisa que ter AIDS. Muitos soropositivos (indivíduos portadores de HIV) vivem anos sem apresentar sintomas e desenvolver a doença. No entanto, mesmo nestes casos, o vírus pode ser transmitido, sendo a prevenção o melhor caminho.


A coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesa (Secretaria de Saúde do Paraná) também comentou sobre as características envolvidas no HIV e na AIDS. “O vírus pode ser transmitido por via sexual, sanguínea e de mãe para filho (transmissão vertical), não escolhendo idade, sexo ou raça. Embora ainda não exista cura ou vacina, a ciência descobriu formas de proporcionar maior qualidade de vida às pessoas vivendo com HIV/AIDS“, afirmou Acácia Nasr.
Estatísticas
Conforme informações disponibilizadas pela Sesa, em 2020, cerca de 920 mil pessoas viviam com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% faziam tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitiram o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável. No Paraná, a taxa de incidência de HIV adulto, por 100 mil habitantes, foi de 22,1% em 2019 e 16,1% em 2021. Referente à AIDS, as taxas se mostraram menores. No ano passado foi de 7,6%, em comparação ao ano de 2019 e os 10,3% observados.
Como prevenir?
O uso do preservativo, masculino ou feminino, em todas as relações sexuais e suas formas, é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST’s, do HIV/AIDS e das hepatites virais B e C. Vale lembrar que os mesmos são disponibilizados gratuitamente nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde). A Secretaria de Saúde de São Mateus do Sul informa que as Unidades de Saúde locais onde a testagem-rápida para HIV é realizada são as seguintes: Centro de Saúde; Ambulatório Central; CAPS (Centro de Atenção Psicossocial); Americana; Amaral; Bom Jesus; Palmeirinha; Fluviópolis; e Rosas. Não deixe de se prevenir você também!
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