
Nesta edição, se faz presente uma matéria sobre a festa que aconteceu na comunidade da Água Branca neste último final de semana, e a cada ano que passa, o caminho que é feito pelas estradas no interior de São Mateus do Sul me surpreende mais.
Já fazem uns 5 anos que acompanho a minha família nesta carreata, e confesso que quando me falavam sobre esse tradicionalismo todo eu não esperava que seria tão bonito e singelo. Neste caminho são preparados “pontos de parada” para a benção da família e das sementes para desejar uma boa colheita no ano que virá.
A forma de organização com enfeites, balões, folhetos, pétalas de rosas de cada casa se torna tão visível nas paradas para a benção, que me fazem acreditar nas formas tão simples que tornam o momento único.
Cartazes com palavras bonitas, bandeirinhas cravadas pela estrada de chão batido, casas que não são pontos de parada para a carreata, mas que da mesma maneira enfeitam a faixada e o caminho percorrido, me faz perceber que: não precisamos ser exaltados para fazermos algo que nos faz bem.
São em momentos como este, de simplicidade que tudo se torna real. A emoção no rosto de cada morador que tirou um tempinho para preparar com tanto detalhe a demonstração de fé me faz torcer para que daqui 10, 20 anos, esse tradicionalismo embasado na simplicidade não se perca no meio de tanta distração que percorrem os últimos tempos.
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