
Na terça-feira, dia 7 de setembro, ocorreu o 27º Grito dos Excluídos no Chimarródromo, com início às 10h. A manifestação foi organizada pelo movimento de esquerda, capitaneado pelo Partido dos Trabalhadores de São Mateus do Sul, segundo seus organizadores, num ato pró-democracia e contra o presidente Jair Bolsonaro. O movimento seguiu até às 12h.
O ato realizado foi em luta por participação popular, saúde, comida, moradia, trabalho e renda. Com uma faixa contra o presidente Bolsonaro e cartazes com palavras de ordem, os manifestantes trocaram ideias com as pessoas que passavam pelo local.
A manifestação faz parte da Agenda Nacional do Grito dos Excluídos, que foi criado pela CNBB – Confederação dos Bispos do Brasil, num conjunto de manifestações populares que ocorrem por todo o país, desde 1995, durante a Semana da Pátria e que termina no Dia da Independência. As manifestações têm por objetivo denunciar os mecanismos de exclusão social e propor caminhos alternativos para uma sociedade justa e igualitária, condizente com a sociedade verdadeiramente civilizada, sonho de todas as pessoas de bem.
Segundo Rui Rossetim, um dos organizadores dessa manifestação, essa data não poderia passar em branco e deveria ser utilizada para manifestação contra o Governo Federal e o presidente Jair Bolsonaro. “A gente vê hoje a polarização que tem entre a extrema direita e esquerda e a gente fica pensando nas pessoas que não querem se envolver com isso. Aí que é o problema, na situação que nos encontramos agora, temos que saber que posição nós tomamos”, falou Rossetim.
Também foi comentado que a pauta do 27º Grito dos Excluídos é que os atuais excluídos hoje são o negro, o pobre, a mulher, o jovem, as pessoas desempregadas… Rui Rossetim falou ainda sobre “As contradições do Brasil de ter uma riqueza, ser gigante pela própria natureza, ser o celeiro do mundo e ter gente passando fome. Ter uma grande diversidade, ser o pulmão do mundo e a nossa Amazônia virando deserto”.
Também falou a Sra. Hermínia M. Schuartz, em nome do Movimento de Mulheres, “não podemos ficar em casa num momento crítico para o país. Ou você aposta na democracia ou vamos para a barbárie. O governo não está brincando, a ideia dele é instalar o facismo no Brasil, quando ele falou ‘no lugar do feijão, compre um fuzil’, já é instalação do facismo”. Ainda falou que é necessário colocar o pobre no orçamento, pois ele foi retirado pelo atual governo.
Segundo o movimento, a população tem que parar de agir como se o Brasil não fosse nosso, como se a soluções dos nossos problemas não fossem de nossa conta e ficarmos esperando que os governantes e elites resolvam nossos problemas. Mudando estes hábitos, seremos protagonistas da nossa História. E ainda fortalecer e não atacar as Instituições (Congresso e STF) é garantir e aperfeiçoar nossa jovem e sempre ameaçada Democracia.
Ainda segundo Rui Rossetim, é importante inaugurar um grupo de debate para discutir os problemas que afetam a todos e exigir das autoridades o atendimento dessas reivindicações. A nível nacional e também as questões impactantes de São Mateus do Sul, como por exemplo, o destino da SIX deve ser colocado em pauta, como a venda, o fechamento ou continuar como estatal. Para isso, deve-se realizar uma audiência pública com a participação de todos nesse debate.
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