
Sempre que posso evito expressar opiniões políticas nesse espaço aqui do jornal justamente pelo risco de falsas interpretações e claro, aquele mesmo discurso de argumentação feita por algumas pessoas de que “ah, porque o PT…”.
Mesmo sendo de esquerda ou de direita, hoje eu vim aqui para defender a minha profissão que está sendo subestimada pelo nosso atual presidente da república, que perde horas em transmissões ao vivo pelo Facebook para apedrejar profissionais da área. É mais fácil para ele confiar em um ministro da pesca que “comprova” que os peixes fogem das manchas de óleo do que acreditar em laudos técnicos e entrevistas de confiabilidade repassadas por profissionais de comunicação formados e que levaram horas e dias para checagem de informação. É o mínimo de se esperar por alguém que foi eleito também por defender com unhas e dentes informações falsas, como o kit gay – que nunca existiu.
Bem vamos lá, por meio do Programa “Verde e Amarelo” – criado para “estimular” o emprego –, oito categorias profissionais perderam o direito do registro profissional, afetando atuários, sociólogos, secretários, jornalistas, radialistas, publicitários, arquivistas e técnicos de arquivo.
Focando na minha área de atuação – jornalismo –, a falta de reconhecimento profissional e a negação pelo diploma é algo que vem sendo debatido há anos, e não apenas nesse governo. Além da não obrigatoriedade do diploma de jornalista, agora não temos o direito de sermos registrados como tal.
Sei que tem àqueles que vão pensar “ah mas ter o curso superior é um diferencial no currículo…”, sim é um diferencial, mas em um mundo cheio de “sabe tudo” fica difícil concorrer com quem “faz mais barato”. Sem desmerecer as outras profissões, mas a atuação de um jornalista é responsável pelo o que tem de mais importante na vida de todos, o conhecimento. A partir do momento que as informações forem tratadas como brincadeiras e hobbies, nossa cultura ficará ainda mais defasada. Busque informações daqueles que realmente estudam e se esforçam para colaborar com o seu futuro. Em um governo baseado em provocações, é fundamental a inteligência se sobressair.
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