Um grupo de mulheres “crocheteiras” de Arapiraca, município de 230 mil habitantes a pouco mais de cem quilômetros de Maceió (AL), se uniu para confeccionar ‘polvinhos’ de algodão para recém-nascidos que estão internados no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho. O local recebe dezenas de bebês que nasceram prematuros ou que foram diagnosticados com doenças graves do agreste alagoano, região composta por 3 municípios.
Há cerca de quatro anos, a iniciativa existe e se tornou um xodó do hospital. A inspiração para o projeto foi da enfermeira e doula Lusandra Maria Gomes Almeida, que decidiu replicar uma iniciativa dinamarquesa que ela conheceu na internet.
“Eu estava fazendo um voluntariado de consultoria de amamentação. Vendo páginas de internet, vi que existia esses polvinhos do amor, um brinquedo que o bebê se apega desde pequeno e traz benefícios terapêuticos quando usados em uma UTI neonatal. Não existe uma base científica, mas na realidade, foram vistos benefícios em 17 países desse método. Eu me interessei”, lembra ela, que é crocheteira.
Encantada, Lusandra convocou suas amigas no Dia do Artesão (19 de março) para conversar. “Pedimos para que elas se envolvessem nesse projeto e muitas toparam. Levei a ideia para o hospital — onde já atuava— e a equipe se encantou e topou. Ali eu já vi possibilidade da implantação e começamos a produzir”, explica.
Benefícios aos bebês
Desde o começo, a entrega dos polvinhos é considerada de grande importância. As pelúcias são dadas àqueles bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação. Para a fisioterapeuta Natascha Cibele Barbosa, que está à frente do projeto na unidade, os polvinhos auxiliam no desenvolvimento dos bebês que nascem prematuros.
“Os polvinhos, com seus tentáculos, simulam para o bebê o cordão umbilical; e a textura do crochê se assemelha à textura da parede uterina. Com isso, eles se sentem mais acolhidos e calmos, reduzindo frequência cardíaca e respiratória, acelerando o processo de maturação e a saída mais rápida do bebê do suporte de oxigênio”, afirmou.
Natascha explica ainda que, em regra, a equipe coloca o polvinho fazendo contato direto com a pele do bebê. “Em muitos casos, é perceptível um semblante mais sereno e calmo no bebê”, concluiu.

“Não é que o mundo esteja pior, você que não fica sabendo das coisas boas que acontecem.”
Por Razões para Acreditar
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