
O ser humano possui quase que como extinto destinar um pensamento pela generalização. Mesmo parecendo algo natural, a consequência de tudo isso são as conhecidas intolerâncias, preconceitos e discriminações.
Segundo o significado de “generalizar” presente no dicionário, o seu verbo pronominal define o ato como: “tornar generalizado; fazer com que atinja o maior número de pessoas; fazer com que fique maior; aumentar a extensão de alguma coisa, generalizar uma teoria”.
De acordo com o jornalista Thiago Rocha, “quando generalizamos deixamos nossa ignorância falar mais alto do que a nossa capacidade de construir um argumento”. E é exatamente nesse ponto que me refiro ao afastamento e o julgamento precoce que estão presentes na vida cotidiana de muita gente por aí.
Sejam em situações de relacionamento pessoal ou alheio; motivos políticos; religiosos ou socais, estamos acostumados a apontar o dedo e julgar como errada a atitude de muitos pela forma de agir de alguns.
Sendo um jeito fácil, rápido e sorrateiro de “livrar-se” das responsabilidades dos fatos verdadeiros, a generalização é muito mais simples e fácil do que à busca genuína pela veracidade, sendo o principal motivo de mal-entendidos e escândalos que encontramos aqui e ali.
Dando voz ao nosso desconhecimento e aguçando a ignorância, a generalização pode ser considerada sinônimo de convencimento imaginário, o qual são propagadas como se fossem a realidade mais pura e autêntica.
Toda essa falta de profundidade e excesso de informações explícitas facilitam a afobação precoce de julgamento e também é bastante conveniente para quem o repassa. Escrevendo esse editorial me lembrei da citação do poeta polonês Czeslaw Milosz, que ressalta que, “o verdadeiro inimigo do homem é a generalização”.
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