O Paraná em breve alcançará um novo patamar na produção e exportação de carne. Nesta terça-feira, dia 09, o estado recebeu o parecer favorável para ter reconhecimento internacional de área livre da febre aftosa sem vacinação. O reconhecimento internacional deve ocorrer em maio e será a última etapa de um processo sanitário que já tem 50 anos, permitindo uma ampliação na produção e um salto na comercialização da cadeia de carnes.
No Paraná, foi em 2006 que aconteceu o último foco de febre aftosa e de lá para cá os esforços do governo do estado para conseguir colocar o Paraná no mapa de área livre da doença sem uso de vacinas. Desde outubro de 2019, o rebanho paranaense não recebe mais vacina, mas conta com um grandioso e sério trabalho de fiscalização e cadastramento dos animais. Ano passado, em agosto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento concedeu o reconhecimento nacional de Área Livre e, em maio, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) dará o reconhecimento internacional.
Nos últimos anos também foi realizado um extenso inquérito epidemiológico com coletas de amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais, provando que o vírus já não circula no Paraná. Também há um esforço redobrado de vigilância nos 33 postos da Adapar (Agêcia de Defesa Agropecuária do Paraná), nas barreiras comuns com Santa Catarina e nas zonas de fronteira com Paraguai e Argentina.
Sem peste suína
Além de avançar no reconhecimento internacional como Área Livre de Aftosa sem Vacinação, o Paraná conquistou a chancela técnica da OIE como zona livre de peste suína clássica independente. Essa classificação retira o Estado de um grupo formado por 14 outros e garante vantagens sanitárias aos produtores locais no mercado internacional. Esse reconhecimento para o estado é uma segurança e garantia que abrem portas do comércio internacional de suínos.
O Paraná deve produzir, em 2021, cerca de 950 toneladas de carne de suínos, chegando mais próximo da produção de Santa Catarina, que é o maior produtor nacional. Com esse novo status, sem a peste suína, aumentarão os investimentos e – possivelmente – em 2 ou 3 anos o Paraná deverá ser o maior produtor de suínos do Brasil.

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