
O Paraná está passando pelo pior período de estiagem da última década. Desde o início do ano, no caso do município de São Mateus do Sul, o índice de chuvas está muito abaixo da média esperada para a época. Na capital Curitiba, e sua região metropolitana o cenário é ainda mais drástico, pois o volume de consumo é elevado e a ausência de precipitação ocorre desde 2019.
De acordo com o mapa mais recente, elaborado no mês de setembro pelo Monitor de Secas da Agência Nacional de Água (ANA), na Região Sul, os volumes médios de chuva mensal na época oscilam entre 120 mm e 250mm. As maiores anomalias negativas foram registradas em grande parte dos estados do Paraná e de Santa Catarina. Todo o nosso estado está atingido neste momento. Na região de São Mateus do Sul, a situação é considerada grave pelo monitoramento, sendo o cenário de seca mais drástico encontrado na capital e sua extensa região metropolitana.
Decreto da crise hídrica deverá ser prorrogado
O Governo do Estado do Paraná confirmou na última segunda-feira (26), que o decreto emergencial assinado no mês de abril, em função do período de estiagem, seguirá em vigência até o dia 7 de novembro. “Estamos fazendo uma avaliação, e possivelmente este decreto de calamidade hídrica será prorrogado, porque ainda estamos vivendo um momento muito duro. Em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Sustentável e a SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná), o Governo do Estado já está discutindo ações para os próximos 30 dias”, destacou o governador.

de precipitação observadas no Paraná.
A gravidade da seca no Paraná
De acordo com o Monitor de Secas, quase 9% do território paranaense está em situação de seca extrema e outros 61% do estado registram grave situação, a exemplo do município de São Mateus do Sul. De acordo com o monitoramento hidrológico realizado pela COPEL (Companhia Paranaense de Energia), a vazão do Rio Iguaçu é de 41,5 m³/s. A régua está marcando o nível de 0,414 m.

afluente do Rio Iguaçu.

da água é responsabilidade de todo cidadão.
A captação de água para o abastecimento de nossa cidade, é realizada a partir do manancial do Rio Taquaral, afluente do Iguaçu. A SANEPAR ainda não emitiu nenhuma sugestão de rodízio, a despeito do que está acontecendo em outras cidades do estado. No entanto, cabe à sociedade de maneira geral, a utilização racional deste recurso tão importante. Evite o desperdício de água e colabore com o planeta e o bem-estar comum!
Situação de seca nos próximos anos
O jornalista e urbenauta Eduardo Fenianos fez uma reflexão sobre a crise hídrica enfrentada nos últimos tempos. “Acredito que essa situação passará a ser algo que precisaremos conviver por bastante tempo. O uso da água sem o devido cuidado e planejamento culminou com esse problema atual. No entanto, acredito que o momento vivido fará com que as pessoas mudem drasticamente de comportamento com relação ao consumo de água”, refletiu ele.
A estiagem não compromete apenas o abastecimento de água. Ela também afeta o meio ambiente, aumenta o risco de queimadas, reduz a qualidade do ar causando vários problemas respiratórios, além de trazer consigo impactos econômicos, afetando a agricultura, a produção industrial e o fornecimento de energia. De acordo com o SIMEPAR (Sistema Meteorológico do Paraná), com exceção de parte do Centro-Oeste e do Sudoeste, a média de chuvas ficou abaixo do normal em todo o estado, entre maio e setembro. Faça a sua parte também e utilize a água de maneira equilibrada!
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