

Imagem Ilustrativa
O uso de ornamentação corporal tem origem nas civilizações antigas e representaram valores sociais, culturais e religiosos. Existem registros históricos que mostram que as civilizações egípcias usavam adornos, semelhante ao piercing, simbolizando a realeza.
Atualmente, esses objetos perfurantes – conhecidos popularmente como piercings e confeccionados em materiais como: prata, titânico, aço cirúrgico – são muito difundidos entre os jovens, que os utilizam em diferentes partes do corpo. Na boca, é possível observar o objeto colocado na língua, lábio inferior, freio lingual (localizado abaixo da língua) e freio labial.
Com o aumento do uso de piercings, cresce também a preocupação em relação aos problemas que eles podem causar à saúde de cada pessoa. Os riscos estão relacionados desde o ato de colocação, até aos problemas decorrentes do uso, seja por um curto ou longo período de tempo.
As complicações vão desde dor, inchaço, sangramento, até casos em que a pessoa tem febre, infecções e a presença de pus. Além disso, com o decorrer do tempo, dificuldades ou alterações na fala, dificuldade na mastigação e deglutição, problemas periodontais (na gengiva), desgaste e fraturas nos dentes, lesões (feridas) devido ao contato direto do objeto com os lábios e língua, e infecções também podem ser diagnosticados.
Quando pensamos na relação piercing X saúde bucal fica fácil perceber que o adorno é um material “estranho” ao nosso organismo. Esse objeto está em contato direto com a boca e pode servir como um agente transmissor de bactérias ou como um local de acúmulo dessas bactérias, uma vez que a utilização dificulta a higiene bucal. E, como já mencionei em outros artigos aqui na coluna, o acúmulo de bactérias favorece o desenvolvimento da doença cárie, além de estar intimamente relacionada com o mau hálito.
Muitas pessoas optam por colocar piercing na boca na busca por estética ou com o objetivo de “estarem na moda”. Geralmente os riscos e as consequências passam despercebidos, portanto, cabe a nós, dentistas, orientar e esclarecer as dúvidas. Nem sempre um acessório como o piercing é uma boa opção para ter um sorriso bonito.
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