

Tobias Bueno Kricheski possui em seu acervo mais de 2 mil moedas com um valor estimado de R$ 5 mil. Além de moedas, Tobias coleciona cédulas, medalhas e relógios. (Fotos: Cláudia Burdzinski e Thaís Siqueira/Gazeta Informativa)
Já imaginou usar dinheiro para comprar dinheiro? Pode parecer estranho, mas é isso que fazem os colecionadores de notas e moedas antigas, como o são-mateuense Tobias Bueno Kricheski, de 28 anos, formado em Ciências Contábeis.
Filho dos agricultores João Averaldo Kricheski e Deuzita Bueno Kricheski, residentes na comunidade de Monjolos, Tobias coleciona cédulas, medalhas, relógios e moedas antigas e recentes desde 2015, quando ficou admirado com a personalização das moedas criadas especialmente para a realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro que aconteceriam no ano seguinte.
Desde então o jovem passou a buscar informações sobre o assunto e se impressionou ainda mais com o mundo existente dentro da ciência numismática. “Notei que além da beleza das peças, cada qual continha uma história que permite conhecer nosso país”, diz.
A numismática é o estudo sob o ponto de vista histórico, artístico e econômico das cédulas, moedas e medalhas, que engloba ainda outros objetos assemelhados às moedas, como os jetons que são geralmente emitidos por corporações para identificar seus membros, moedas particulares, destinadas a difundir-se em círculos restritos, como uma fazenda ou ainda os pesos monetários, que serviam para conferir os pesos das moedas em circulação.
Tobias revela que possui aproximadamente 2 mil moedas, 30 cédulas e 10 medalhas. Algumas inclusive com relevante poder de investimento, como peças em prata e ouro, além daquelas que possuem defeitos de fabricação e escassez devido à baixa cunhagem. Sua coleção hoje é estimada em aproximadamente R$ 5 mil, segundo o catálogo numismático que atualiza os valores e especificações de moedas e demais.
De acordo com o colecionador, seu principal objetivo é resgatar a história do Brasil através de conhecimento prático e compartilhar essas informações com intuito de promover esse mesmo conhecimento com todos a sua volta. Além de se tornar uma fonte de investimento, pois sua valorização no decorrer de um ano, pode ser até 50 vezes maior que a poupança em alguns casos.
Dentre todos os itens da coleção, merecem destaque a moeda mais cara, que possui valor facial de R$ 5 reais e valor estimado de R$ 400. Também a mais antiga, datada do ano 337 Depois de Cristo (D.C.).
Em meio a pouquíssimo tempo como colecionador, Tobias relata que seu principal meio de conseguir novas peças é através das redes sociais, em que já contatou mais de 300 colecionadores e vem participando de grupos e associações numismáticas, que atuam para aprimorar os estudos e pesquisas sobre detalhes que enriquecem este meio.
O colecionador enaltece que seus familiares são apoiadores de seu hobby e o ajudam a aumentar sua coleção, seja indicando quem possui moedas ou mesmo doando exemplares, porém muitas pessoas não veem o potencial desta ciência. “Embora algumas pessoas não valorizem o dinheiro antigo, ele pode ser rico em informações e possuir valor de mercado catalogado. Colecionar é cultura, investimento, história, amizades e principalmente lazer, que propicia bem estar. Uma verdadeira paixão.”
Tobias conta também que embora cada peça seja catalogada e tenha um valor, algumas possuem raras exceções e não há dinheiro que a valorize devido sua história e principalmente a dificuldade em adquiri-la. “Em minha coleção há uma moeda de 5 centavos de 1889 reverso invertido, ou seja, com erro de cunhagem e extremamente rara e para mim, uma das mais especiais que possuo”, informa.
O são-mateuense pretende continuar sua coleção e convida os leitores da Gazeta Informativa para entrarem em contato com ele, seja via redes sociais ou mesmo pelo seu contato (42) 9 8833-5450, para obter mais informações ou mesmo tirarem suas dúvidas sobre moedas e sua coleção.
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